Liberdade

"Amo a liberdade, por isso deixo livre tudo que tenho...Se voltar é porque conquistei, senão é porque nunca as possuí!"
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Tenho esperança? Não tenho...
Tenho esperança ? Não tenho.
Tenho vontade de a ter?
Não sei. Ignoro a que venho,
Quero dormir e esquecer.
Se houvesse um bálsamo da alma,
Que a fizesse sossegar,
Cair numa qualquer calma
Em que, sem sequer pensar,
Pudesse ser toda a vida,
Pensar todo o pensamento -
Então [...]
(...)esperança de que não vai acontecer porque ainda não é a hora certa, com a pessoa certa, e porque eu não me sinto certa.(Nota da dona do blog)
terça-feira, 19 de abril de 2011
Confissão - Mario Quintana
Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!
(...)esperar o que foge do nosso controle, dos nossos planos, das nossas mãos é realmente muito difícil.O lado prático nestas horas de silêncio envolto em terremoto de nada serve, e em geral só se torna clichê pensar que o que estava sempre sendo feito de maneira racional permanecerá eternamente perfeito. (nota da dona do blog)
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Sossega coração!Não desesperes! - Fernando Pessoa
Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.
(...)E quando não dá para voltar atrás, cabe esperar que notícias melhores venham e que o desespero seja superado pela tão desejada tranquilidade.(nota da dona do blog)
domingo, 17 de abril de 2011
Das utopias - Mario Quintana
Se as coisas são inatingíveis...ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que triste os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!
(...)o otimismo me faz muitas vezes fantaziar e enxergar as coisas como eu gostaria que elas realmente fosse, ou seja, minha utopia.
A minha realidade é agora, a minha vida continua amanhã, a qualidade das minha escolhas está em crer nas minhas falhas e defeitos sempre.(nota da dona do blog)
sexta-feira, 15 de abril de 2011
No meio do caminho - Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
(...)E quantas pedras podemos encontrar pelo caminho?Nossa em uma semana contei umas 7, uma para cada dia da minha semana, e olha que todos os dias tentei fazer delas flores, como rosas, girassóis, e até flores raras de se encontrar em jardins, como as belíssimas orquídeas. Mas tem umas que custam a se deixar quebrar facilmente em um dia.
Felizmente, termino a semana com uma pedra só, somente a de quarta-feira, que irei com certeza guardar no fim de semana para logo quebrar antes da próxima segunda-feira.(nota da dona do blog)
terça-feira, 12 de abril de 2011
Assim Eu Vejo a Vida - Cora Coralina
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O Girassol - Fernando Pessoa
O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e a esquerda
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei Ter o pasmo essencial que tem uma criança
Se ao nascer, reparasse que nasceras deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo
Creio no mundo como um malmequer
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque a amo, amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama.
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar."
(...)Me sinto feliz apesar de algumas atitudes imaturas que tenho tomado, mas nem por isso, deixo de tratar da vida como um "Girassol", já que li em algum lugar que sua simbologia seja a de sorte e felicidade.
Em relação ao poema de Fernado Pessoa vou tentar olhar para a vida com olhos que percorra todas as estradas, mas que privilegie a "eterna novidade do Mundo", das pessoas,dos sentimentos, enfim, dos fatos que não posso mudar.
A inocência talvez dos Girassóis da minha vida, seja aquelas sementes que eu usava para alimentar minha querida Ester, aquele animal de início tão agressivo e que em tão pouco tempo aceitou receber as mesmas sementes de girassol das minhas mãos.
Sinto saudades deste meu animal de estimação que permaneceu tão pouco tempo em minha convivência, e que infelizmente morreu deixando a sensação em mim de que é em coisas realmente simples que está o amor.(nota da dona do blog)
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Mario Quintana - Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
(...)Interpretar a palavra "esperança" é ir além dos significados que lhes são atribuidos em dicionários, etc, é ir muito mais longe, buscando as expectativas positivas do bem comum.É criar e alimentar um sentimento fundamentado na razão e na emoção, para mim que sou otimista é se deixar lançar mesmo na fé, de crer em algo maior mesmo quando não se vê, nem se toca.
Mesmo triste com a tragédia vista hoje nos telejornais que envolve de alguma maneira a profissão que escolhi, me ponho a refletir e acreditar no ser humano, não me incentivando a desistir daquilo que escolhi como caminho e sim ter a esperança como consoladora entre o meu dormir e acordar todos os dias. (Nota da autora do blog)
terça-feira, 5 de abril de 2011

Pablo Neruda - Talvez
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
(...)você conheceu muito da minha vida em tão pouco tempo que sinceramente me deu medo,foram exatamente 25 dias das minhas férias. Talvez seja por isso que eu mulher prática demais e você um homem que diferente de mim sente o apego a determinados acontecimentos, sentimos e pensamos de maneira diferente. Então, decidimos de maneira sábia caminhar para lados diferentes. (mensagem da dona do blog para uma pessoa especial)
segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ideal de vida
“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”
Clarice Lispector
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