O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e a esquerda
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei Ter o pasmo essencial que tem uma criança
Se ao nascer, reparasse que nasceras deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo
Creio no mundo como um malmequer
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque a amo, amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama.
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar."
(...)Me sinto feliz apesar de algumas atitudes imaturas que tenho tomado, mas nem por isso, deixo de tratar da vida como um "Girassol", já que li em algum lugar que sua simbologia seja a de sorte e felicidade.
Em relação ao poema de Fernado Pessoa vou tentar olhar para a vida com olhos que percorra todas as estradas, mas que privilegie a "eterna novidade do Mundo", das pessoas,dos sentimentos, enfim, dos fatos que não posso mudar.
A inocência talvez dos Girassóis da minha vida, seja aquelas sementes que eu usava para alimentar minha querida Ester, aquele animal de início tão agressivo e que em tão pouco tempo aceitou receber as mesmas sementes de girassol das minhas mãos.
Sinto saudades deste meu animal de estimação que permaneceu tão pouco tempo em minha convivência, e que infelizmente morreu deixando a sensação em mim de que é em coisas realmente simples que está o amor.(nota da dona do blog)
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